domingo, 20 de novembro de 2011

PODe: Plataforma Outra Democracia

Cada vez mais sentimos como são estreitas as oportunidades de acesso à vida pública em Portugal e na União Europeia. É evidente para tod@s que a democracia está sem espaço para se exercer – seja a nível local, seja a nível regional, seja a nível nacional. Multiplicam-se partidos, manifestações, manifestos, declarações, apelos, subscrições, e ainda bem. Ao tomarmos a democracia como um facto estabelecido de uma vez por todas estamos, porém, a abrir campo ao labor dos que já se apropriaram dela para os seus interesses privados – lógica de privatização do interesse público que tem sido cada vez mais denunciada mas que não está a ser realmente atacada –, e a outros que denunciam não haver outra forma de democracia senão esta: a da corrupção e a da cleptocracia.

A democracia tem várias características: uma delas é a de ser capaz de transformar as relações de poder sem uso generalizado da força. Nitidamente, este é um momento histórico onde as relações de poder (como as relações sociais, culturais e económicas) estão a mudar e terão forçosamente de mudar, dada a profundidade da crise que se vive. Seria, porém, ingénuo acreditar que os poderosos, ainda que democraticamente eleitos, prescindissem do poder quando estão a asfixiar o Povo, entidade que deveria ser o soberano. Democrático é abrir ao Povo alternativas democráticas quando a democracia decadente se revela incapaz de dizer outra coisa que não seja “este é o único caminho!”.

A PODe: Plataforma Outra Democracia estabelece-se como um espaço aberto a todas as tendências democráticas, à esquerda e à direita, das elites e de populares, de intelectuais e de activistas, que queiram contribuir para construir alternativas democráticas ao retraimento da nossa decadente democracia. Como tod@s parecem estar de acordo, é preciso criar condições de afirmação da democracia, dos direitos humanos e das liberdades. Mas não apenas para alguns – a chamada “classe política” e seus aliados, geralmente conhecidos por “os ricos” ou “as empresas do regime” –, mas para o Povo enquanto entidade solidária, soberana e pacífica, exigindo uma maior equidade do que aquela que hoje nos é oferecida como horizonte.

Uma tal tarefa será de muitos, com diferentes interesses e perspectivas democráticas de actuação, ou será daqueles que nos continuam a conduzir para a indesejável alternativa Democracia versus Autoritarismo. É tempo de juntarmos forças e inteligências para mantermos a democracia e libertar-nos do círculo vicioso que nos trouxe até esta situação angustiante.

Propomo-nos promover o Congresso Portugal sem futuro – Portugal com Futuro, em data a decidir quando se entender estarem reunidas as condições para tal, que procuraremos que seja um ponto de partida para a afirmação da solidariedade de pessoas vindas de todos os quadrantes em defesa da democracia. Um tal congresso, à partida, deveria ser capaz de tratar os seguintes 4 temas: a) Portugal no Mundo e a Política Externa; b) Regulação do financiamento dos partidos políticos; c) Reorganização da representação política, no reforço do papel da sociedade civil; d) Modos e estilos de vida daqui a poucos meses: a revolução em curso.
 
Se muit@s quiserem, PODeremos!

1 comentário:

  1. Urge um novo partido?

    Um partido que não queira tacho?

    Um partido que não queira o poder?

    Porquê?

    Só provando ao povo que não queremos o poder, poderemos eleger alguém que vá cumprir o nosso programa de governo.

    http://gov.blogtok.com/

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